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Revista Alma

ENTENDA O FESTIVAL DE GANESHA

 

O Ganesh Chaturthi, que celebra o nascimento do deus com cabeça de elefante, começa no próximo dia 5 e só termina no dia 15, quando tem seu clímax e as ruas da Índia são tomadas por procissões com milhares fiéis e estátuas de Ganesha – que, ao fim do festival, são mergulhadas e deixadas nas águas dos rios e do oceano.
Só em Mumbai, mais de 150 mil imagens são imersas anualmente. Uma catarse coletiva e devocional para atrair boa sorte e louvar o “provedor da boa fortuna, senhor dos começos e grande removedor de obstáculos”. No período festivo, Ganesha é reverenciado diariamente em templos e altares domésticos. Doces, flores, arroz, coco, açúcar mascavo, moedas e orações lhe são oferecidos. Estátuas gigantescas são construídas – ao longo de meses – e consagradas em um ritual chamado prana pratishtha (estabelecimento da vida) para serem cultuadas em templos ou em altares públicos.

 

A doçura do caminho espiritual

 

A imersão e, muitas vezes, destruição das imagens no Ganesh Chaturthi revela o aspecto transcendente do aparente politeísmo e idolatria hindus. As escrituras dizem que o ser supremo é inefável e para além de nome, de gênero e de forma – e é aí, provavelmente, que está a origem de tudo. Afirmar que Deus é masculino ou feminino, um ou muitos, seria enquadrar o divino em limitadas concepções humanas de gênero e de número. Para boa parte dos hindus, os deuses são manifestações de atributos específicos deste Deus único e que está além de nossa compreensão. Para representar estes atributos, os deuses trazem características iconográficas próprias, como a posição de suas mãos e os objetos que portam.
Ganesha possui quatro braços e cada um deles traz um símbolo de sua atuação no mundo. Na mão direita superior, ele traz um aguilhão, que impulsiona os homens a seguir em frente, superando os obstáculos do caminho. O laço em sua mão esquerda é usado para capturar as dificuldades e conter o orgulho dos que se empolgaram com os primeiros sucessos. A outra mão direita está voltada para o devoto, abençoando-o. A esquerda inferior traz geralmente algum doce, recordando a doçura do caminho espiritual.

 

Devotos no mundo inteiro

 

Como um deus com cabeça de elefante se tornou tão popular, ao ponto de estar em praticamente todos os cantos da Índia, é um mistério. Nos altares domésticos, nos antigos templos, nos filmes de Bollywood, nas estampas das camisetas, em canecas, cartões, bijuterias, grafites, tatuagens… Ganesha é onipresente. Na Índia, nada de se inicia sem a sua benção, seja uma viagem, um novo emprego, um casamento ou a redação de um livro. Seus 108 nomes são entoados a cada início do pregão da Bolsa de Valores de Mumbai, onde o Ganesh Chaturthi é tão esperado como o nosso carnaval. Popular como São Francisco de Assis, Ganesha tem devotos e simpatizantes no mundo inteiro. Se está entre eles, é bom se apressar. Restam dez dias para entregar seus pedidos ao “grande removedor de obstáculos”. Depois, só no ano que vem.

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